26 de março de 2009

Bacantes

Um cais seguro
Uma família perfeita
Laços que se estendem até o infinito
Sonhos incomuns que se tornam reais
Cada qual com sua maneira de viver
Adoradores de Baco
Irreverentes em todo o caminho trilhado
Irmandade, mais do que de sangue, de alma.
Unidos em uma só força...
Um só pensamento...
Um só coração.
Amizade nos fervos, como também nos erros:
Com eles nos solidificamos e crescemos
Segredos, confissões e manias
E assim seguimos...
Com todo o luxo que nos é peculiar
Somos a família BACANTES
Somos a arte de se feliz!
(Bacantes)

18 de março de 2009

Ausência




Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

16 de março de 2009



'Nós artistas somos feitos da mesma materia que nossos sonhos'

Shakespeare







Lembra?

Você lembra?
Daquele tempo em que a gente brincava no barro sem medo de ser feliz...
Do tempo em que ficavamos secos de vontade de pular naquela piscina nunca usada;
Do tempo das coreografias, teatros e invenções;
Do tempo das brigas, dos desabafos, das alegrias;
Do relaxar, do cantar, dos sinais, das aulas;
Do tempo em que eu me sentia perdido e você me encontrava;
Do tempo em que a gente fazia arte, se escondia e corria;
Do tempo da educação religiosa, dos montinhos, e das estrelas (Constelação);
Do tempo ensaiando, estudando, brincando na biblioteca;
Do entrar na casa de um irmã, encher o 'saco' dessa irmã, amar essa irmã;
Do tempo em que você era mais, mas eu não era de menos;
Do tempo dos sortidos, daquela doceria na esquina ou da papelaria, padaria;
Do tempo de arrecadação para a igreja nas chácaras, do trigo para o quibe e dos milhos;
Das formas, afetos e amores;
Dos dias em que eu era mais feliz quando cruzava seu caminho;
Dos dias em que você ou eu dava um sorriso sincero e um 'EU TE AMO' mais ainda;
Dos dias em que a gente é AMIGO!
Afinal, esses dias me deixa mais vivo do que qualquer respirar!

Eu estarei ali!

Não existe uma montanha alta o sufiente
Não existe um vale profundo
Não existe um rio grande o bastante
Se precisar de mim me ligue
Não importa aonde você esteja
Não importa a distancia
Não se preocupe
Apenas diga meu nome
Estarei lá em um segundo
Você não precisa se preocupar
Por que não há uma montanha alta o suficiente
Não existe vale profundo o suficiente
Não existe rio grande o bastante
Que me mantenha afastado de você
Nenhum vento, nenhuma chuva, nenhum inverno pode me impedir
Meu amor esta vivo
Bem aqui no meu coração
Mesmo que estejamos separados por quilômetros
Se você precisar de uma mão,
Eu estarei lá na esquina
O mais rapido que puder

12 de março de 2009

Irmão

Ah, aquele meu grande amigo
Que no começo era frágil e depois se tornou forte
Era menino e hoje virou homem
Homem.
Meus pensamentos se misturam com os seus
Pelos laços, desabafos,
Bafos
Estamos aqui hoje... Onde cada um está
Cada qual com sua vidinha
Tédio
E só com a louca vontade de superar
É a vida
Viver
Andando devagar sem medo
Apenas com o medo de ficar parado
A saudade que embala [abala]
O amor que nutre
Aquele pacto de ontem
De hoje
De sempre

Lábios de mel

Hoje chegou o dia tão esperado:
Recebi seus beijos via correio
Quando toquei seus lábios
Percebi que eles não tinham gosto de cana de açucar com mel
Como eu esperava.
Me desfaleci
Rascunho salvo automaticamente
Viajei longe
Você não foi capaz nem ao menos de me dopar
Me possuir
Fraco.
Humano.

10 de março de 2009





Eu danço uma canção do silêncio!

Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado


* Para as mulheres, pelo dia passado, mas sempre lembrado!

Meu bem querer

Inauguro hoje o dia em que serei feliz e livre, assim como as luzes multicoloridas que tocam minha retina.
Hoje, o dia em que vi e revivi.
Um anseio por estar ao lado de um outro eu, que possa me completar e não simplesmente amargar. Como aquele pó negro... escuro.
E por reviver a escuridão, me deparo com esta paixão.
Desnudada.
Caminho com movimentos rítmicos embalados por um som. Um tom.
Tentei ter aquele eu mais próximo.
Fui vencido. Não na luta, mas na vastidão de meus nobres e soberbos sentimentos.
Um grande lamento.
Um tormento.
Inaugurando este dia, me torno livre dos meus grilhões.
Estes que me prendem ao meu tão querido outro eu.

'Minha tristeza não tem pedigree.
Dor não é amargura.'

2 de março de 2009

Prazeres

Escrever
Deitar e dormir
O despertador e as cápsulas.
02 de março
O trabalho de santo dia
A Dani e a Lilian
Preocupações.
Igual ao meus astral
Voar e sonhar
Marilia e ele... Não saem da minha cabeça.
Um fouetté.
A expressividade e a intensidade.
Documentos,
O início novamente.
Reencontro
Novatos e antiguidades
A rua José Diogo dos Santos
Minha cama e as cápsulas.
Temos que seguir.
Uma estrada de ilusões.


Ao meu Criador!
Lá estava ele, morto...
Não poderia mais sentir o meu paladar.
Não poderia mais sentir o meu calor.
Eu sim, poderia sentir, pois já estava entrevado em minha alma.

E com toda minha calma,
Flutuei em pensamentos loucos
Que me faziam sentir dor.
Lembrei-me do tempo vivido
Lembrei-me do tempo sentido
Vi todo o tempo perdido,
Comecei, enfim, chorar.

E aquelas lágrimas que escorriam, revelavam o meu amor por ele.
Um amor doentio, que me abatia, que me consumia.
Já não era nada sem ele.
O que havia dele em mim, caia por terra a cada soluçar, a cada desejar.

Então percebi que também eu não sentia mais nada,
Não sentia mais calor, não sentia mais sabor,
Nada mais sentia.
Foi quando me vi além,
Vi que como ele,
Eu estava morto também.

E as lágrimas cessaram.
Eu agora poderia fazer o que queria.
Corri aos seus braços e me senti mais vivo do que nunca.
Pude perceber que o amor, não está na dor, mas na alegria de estar junto.
By Léo Paulino and Bê!