2 de março de 2009

Lá estava ele, morto...
Não poderia mais sentir o meu paladar.
Não poderia mais sentir o meu calor.
Eu sim, poderia sentir, pois já estava entrevado em minha alma.

E com toda minha calma,
Flutuei em pensamentos loucos
Que me faziam sentir dor.
Lembrei-me do tempo vivido
Lembrei-me do tempo sentido
Vi todo o tempo perdido,
Comecei, enfim, chorar.

E aquelas lágrimas que escorriam, revelavam o meu amor por ele.
Um amor doentio, que me abatia, que me consumia.
Já não era nada sem ele.
O que havia dele em mim, caia por terra a cada soluçar, a cada desejar.

Então percebi que também eu não sentia mais nada,
Não sentia mais calor, não sentia mais sabor,
Nada mais sentia.
Foi quando me vi além,
Vi que como ele,
Eu estava morto também.

E as lágrimas cessaram.
Eu agora poderia fazer o que queria.
Corri aos seus braços e me senti mais vivo do que nunca.
Pude perceber que o amor, não está na dor, mas na alegria de estar junto.
By Léo Paulino and Bê!

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