23 de novembro de 2009

NARCISO

"...passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser!"


Narciso é a intersecção entre o caos e o cosmo.

É a minha história. E é a história de Amanda, Rodrigo, Marília, Rafael, Mirian, Higgor, Bárbara, Leandro, Nair e de tantas Marias.
A história de esquecimento, de pensamentos, do querer, de sofrimento, choro... de amores, sexos, desejos, de sonhos, de lembranças e de saudades.
Narciso não é gente, não é matéria. Não é sentimentos, não é reflexo. É vida.
Narciso tem cor de gelo derretido e fogo que abrasa.
Tem cheiro de ousadia, de frutas vermelhas, de amadeirado e de maracujá. Erva-doce.
É o ponto de encontro entre a calma eo agito, entre a paz e a violência, o amor e o ódio, a seriedade e o distúrbio, frio-calor, alegria-dor, sangue-suor, transição, evasão, construção, destruição, fixação.
A história de Narciso é a história sem começo, muito menos fim.
Uma história de desapego, de solidão, de amizade e intensidade.


Primavera/2009

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